16:1-9 A soberania do Senhor
“Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da língua. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito. Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos. O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal. Abominação é ao Senhor todo o altivo de coração; não ficará impune mesmo de mãos postas. Pela misericórdia e verdade a iniqüidade é perdoada, e pelo temor do Senhor os homens se desviam do pecado. Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele. Melhor é o pouco com justiça, do que a abundância de bens com injustiça. O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.”
O Senhor é quem está no comando, todos esses versículos (exceto o V.8) propõe a questão da relação entre a decisão do homem e o controle de Deus sobre os eventos e situações. O homem pode fazer planos, agir da forma que deseja, mas em certo sentido a questão é decidida por Deus. O homem pode propor a sua vontade para Deus, mas é o Pai que decide o que realizará ou não. A soberania de Deus serve para renovar a confiança e encorajá-la a consagrar tudo o que faz ao Senhor. 16:10 -15 O fardo do detentor do poder
“Nos lábios do rei se acha a sentença divina; a sua boca não transgride quando julga. O peso e a balança justos são do Senhor; obra sua são os pesos da bolsa. Abominação é aos reis praticarem impiedade, porque com justiça é que se estabelece o trono. Os lábios de justiça são o contentamento dos reis; eles amarão o que fala coisas retas. O furor do rei é mensageiro da morte, mas o homem sábio o apaziguará. No semblante iluminado do rei está a vida, e a sua benevolência é como a nuvem da chuva serôdia.”
Esses versículos apresentam a descrição de um bom reinado. O governo de Deus em questões humanas é medido pelo rei ideal. Esse não é um autocrata, mas um homem designado por Deus, um presente de Deus ao povo, e um servo de Deus. Nessas condições as decisões e justiças de Deus serão uma constante na vida do povo. É importante ter em mente que a honestidade procede de Deus, Ele é contra a injustiça e ao contrário do que vemos no mundo hoje, Deus não faz vista grossa aos esquemas de corrupção. Ao que muito poder foi dado, também muito lhe será cobrado, na hora certa todos os que cometeram injustiças prestaram contas a Deus.
16:16 Tesouro precioso
“Quão melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quão mais excelente é adquirir a prudência do que a prata!”
No mundo existem muitas coisas melhores do que a riqueza, como paz interior, o bom nome e um casamento feliz. É possível que uma pessoa rica seja tola ou esteja totalmente desprovida de sabedoria. A sabedoria não é uma coisa inata, precisa ser procurada e adquirida.
16:17 Preserve sua alma
“Os retos fazem o seu caminho desviar-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua alma.”
Existem diversos caminhos que podem ser escolhidos pelo homem, uns levam à vida, outros à morte. O caminho dos íntegros consiste em discernir o mal e desviar-se dele, esse é o caminho da renúncia. 16:18 -19 Orgulho ou humildade
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.”
O mal do orgulho é que ele se opõe aos primeiros princípios da sabedoria (o temor do Senhor) e os dois grandes mandamentos. O orgulhoso, portanto, está mal consigo mesmo, com seu próximo e com o Senhor. Por isso a ruína pode chegar em sua vida de qualquer direção e a qualquer momento.
16:20 O segrego da felicidade
“O que atenta prudentemente para o assunto achará o bem, e o que confia no Senhor será bem-aventurado.”
As riquezas se ensino causam tormento, e não fonte de felicidade. A verdadeira felicidade não está nas coisas materiais, mas na confiança que alguém tem em Deus. Nos dias difíceis a confiança é Deus é o que nos dá força para continuar.
16:21-24 A instrução
“O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino. O entendimento para aqueles que o possuem, é uma fonte de vida, mas a instrução dos tolos é a sua estultícia. O coração do sábio instrui a sua boca, e aumenta o ensino dos seus lábios. As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.”
O sábio é conhecido não somente pelo que fala, mas também pelo modo que fala. Uma pessoa sábia tem um coração prudente, pois não fala palavras ao vento sem refletir. O entendimento dessas pessoas é fonte de vida. Quando falam trazem consigo cura emocional, as suas palavras agradáveis são uma terapia, fazem bem a todos os que estão por perto. Nossas palavras precisam transmitir esperança e não desespero.
16:25 Caminho enganoso
“Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.”
Nem sempre as coisas são como aparentam ser, existem caminhos que parecem direitos, seu aspecto é semelhante ao caminho da vida, mas seu destino é a morte. Lembre-se: somente Jesus é o caminho que leva para o céu.
16:26 A fé nos move ao trabalho
“O trabalhador trabalha para si mesmo, porque a sua boca o incita.”
Uma perspectiva realista, não romantizada sobre o trabalho. Uma coisa é você sentir fome sabendo que a sua geladeira está cheia, outra é sentir fome sem ter dinheiro ou provisão alguma. Muitas pessoas se submetem a serviços desumanos somente para ter o que comer, é nosso dever como cristão lutar para que todas as pessoas tenham dignidade e recebam dignamente pelo seu trabalho.
16:27- 30 Desordeiros
“O homem ímpio cava o mal, e nos seus lábios há como que uma fogueira. O homem perverso instiga a contenda, e o intrigante separa os maiores amigos. O homem violento coage o seu próximo, e o faz deslizar por caminhos nada bons. O que fecha os olhos para imaginar coisas ruins, ao cerrar os lábios pratica o mal.”
Aqui Salomão se dedica a falar de formar de causar problemas. O homem sem caráter, o homem perverso, o violento e o reservado e astuto, contribuem para um colapso da confiança, da amizade e da paz. A sociedade é enfraquecia por esse tipo de pessoa. A atitude mais sensata que podemos ter é desviarmos do caminho dessas pessoas. 16:31 Envelheça com honra
“Coroa de honra são as cãs, quando elas estão no caminho da justiça.”
O ser humano começa a envelhecer quando nasce, não temos para onde fugir. Sendo assim a grande questão da vida não é envelhecer, mas como envelhecer. Aqueles que andam com Deus continuam a produzir frutos mesmo na velhice, envelhecer com honra é uma benção que podemos desfrutas. 16:32 O domínio próprio
“Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, e o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.”
A pessoa mais difícil de lidar é aquela que vemos diante do espelho, é mais fácil dominar os outros do que dominar a nós mesmos. O domínio próprio não é algo natural, é um fruto do Espírito Santo, o homem não é naturalmente manso ou controlado. Mas o fruto do Espírito Santo em nós nos capacita para viver assim.
16:33 É Deus e não sorte
“A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a determinação.”
O emprego da palavra “sorte” no Antigo Testamento mostra que esse provérbio não se refere ao controle divino de todas as ocorrências casuais da vida, mas à solução que Ele dá aos assuntos devidamente referidos a Ele. Deus está trabalhando a nosso favor, Ele trabalha para aqueles que esperam nele.
Referências:
BRUCE, E. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2008.
LOPES, Hernandes Dias. Provérbios: manual de sabedoria para a vida. São Paulo: Hagnos, 2016.
PFEIFFER, Charles. Comentário Bíblico Moody: Volume 1. São Paulo: Editora Batista Regular,2019.
KIDNER, Derek. Provérbios: introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1980.
WIERSBE, Warren. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Volume III, Poéticos. São Paulo: Geográfica editora, 2006.