“Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo.” Gálatas 1:10
“Não me neguei nada que os meus olhos desejaram; não me recusei a dar prazer algum ao meu coração. Na verdade, eu me alegrei em todo o meu trabalho; essa foi a recompensa de todo o meu esforço. Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há qualquer proveito no que se faz debaixo do sol.”Eclesiastes 2:10,11
Hoje em dia tornou-se muito comum estarmos cercados de informações por todos os lados. As redes sociais abriram espaço para que estivéssemos conectados com o mundo todo, para que pudéssemos dar nossas opiniões e encontrar pessoas que pensem como nós, para que tivéssemos acesso à vida das pessoas, sejam elas próximas ou não. É através das redes sociais que eu sei que fulana pediu um lanche ontem, beltrano começou a namorar e cicrano passou em um concurso...
Por mais excelente que seja essa praticidade e proximidade, se não estivermos com nossa identidade bem afirmada e satisfeitas com nossa vida, corpo e bens, estaremos sendo arrastadas para uma prisão que não nos cabe, ainda que o caminho seja luminoso, cheio de likes e falsa aprovação. Agora, não somos mais vítimas apenas da comparação que os outros fazem de nós, mas também daquela que nós criamos e alimentamos, mesmo sem perceber. Os outros sempre vão ter mais e ser mais. No final, nossa identidade é corrompida, nossos sonhos são moldados pela vida de outras pessoas e nada, nunca, basta.
Junto com a comparação, surge também a necessidade de aprovação. Algo em nós passa a ansiar desesperadamente por elogios e admiração. Deixamos de nos vestir como gostaríamos pois “esse estilo é fora de moda”, ou então nos calamos diante de situações em que nossa opinião e valores são contrários à maioria, simplesmente por medo do que vão pensar de nós e de sermos “canceladas”. Logo, estamos correndo atrás do vento, lutando desesperadamente pela aprovação de desconhecidos e negligenciando a única opinião que realmente importa em nossas vidas: a de Deus.
Fomos criadas de um modo único, ninguém é, foi ou será igual a nós. Cada uma recebeu uma personalidade, desejos e preferências de acordo com os sonhos do Senhor para nós. Ele não nos criou para viver em uma busca incessante por aprovação de pessoas que nem ao menos nos conhecem, muito menos sabem o que é melhor para nós. O problema é que, quando focamos nossos olhos nas coisas que esse mundo considera legal e passamos a perseguir essas coisas, vamos nos afastando de quem Deus nos chamou para ser.
A verdadeira identidade de uma mulher de Deus não é definida pela quantidade de seguidores que ela tem, pelas roupas que ela usa, pelas pessoas que ela conhece ou pelo que pensam dela, mas sim pelo caráter de Cristo que é construído, dia após dia, seus valores, seus princípios e sua Palavra. Jesus não nos libertou naquela cruz para que nos tornássemos escravas de novo. A única pessoa que tem o direito de nos dizer quem devemos ser e como devemos agir, é Deus.
Será que vale mesmo a pena sermos aplaudidas pelo mundo, mas sermos reprovadas por Deus? Estamos mesmo preferindo gastar nossa vida para alcançar coisas que, um dia, serão pó? Já dizia o sábio: tudo é vaidade. Que hoje possamos colocar diante do Senhor esses sentimentos e fardos, e que possamos aprender com o Mestre que não precisamos tentar ser como os outros, mas apenas quem Ele nos chamou para ser.
Por Maria Eduarda Batistetti
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