Quando lemos sobre a igreja primitiva, descobrimos que o evangelho provocou mudanças radicais na vida das pessoas e em alguns lugares. Lendo Atos 17, descobrimos um pouco mais sobre como o cristianismo estava virando o mundo de cabeça para baixo com sua influência e pensamento que ia na mão contrária aos prazeres e ensinamentos mundanos e nós sabemos que foi para isso que Cristo nos chamou: para transformar o mundo.
E ao lermos o livro de Jonas, percebemos claramente a poderosa transformação do Reino de Deus nas pessoas.
“A palavra do Senhor veio a Jonas, filho de Amitai, com esta ordem: ‘Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença´. Mas Jonas fugiu da presença do Senhor dirigindo-se para Társis. Desceu à cidade de Jope, onde encontrou um navio que se destinava àquele porto. Depois de pagar a passagem, embarcou para Társis, para fugir do Senhor.” (v. 1-3)
Jonas tinha tanto medo de ir à Nínive que resolveu fugir, mas se tem uma coisa que não podemos fazer é nos esconder e fugir da presença do Senhor. Os olhos Dele estão por toda parte contemplando todas as coisas.
Continuando a leitura do capítulo 1, vemos que Jonas entrou em um navio para fugir do Senhor, mas uma forte tempestade os atingiu e quando perguntavam-se o que eles tinham feito para merecer aquilo, Jonas disse que era por conta dele que os marinheiros e todos no navio estavam sofrendo aquele mal. Perguntando a ele o que fazer, disse que poderiam lança-lo no mar, então “Eles clamaram ao Senhor: ‘Senhor, nós suplicamos, não nos deixes morrer por tirarmos a vida deste homem. Não caia sobre nós a culpa de matar um inocente, porque tu, ó Senhor, fizeste o que desejavas’. Em seguida, pegaram Jonas e o lançara ao mar enfurecido, e este se aquietou. Tomados de grande temor ao Senhor, os homens lhe ofereceram um sacrifício e se comprometeram por meio de votos. O Senhor fez com que um grande peixe engolisse Jonas, e ele ficou dentro do peixe três dias e três noite.” (v.14-17)
Após lermos os capítulos seguintes, descobrimos que Jonas havia se arrependido de ter tentado fugir da presença e da vontade de Deus. Agora ele estava disposto a cumprir o chamado que o Senhor tinha para ele, por isso, o peixe que o havia engolido o cuspira na praia. Com o exemplo de Jonas podemos aprender três coisas:
1) Após passar três dias na barriga de um grande peixe, Jonas testemunhou sobre a mudança que foi provocada em sua vida por conta disso e sua desobediência ao Senhor. Com isso, as pessoas da cidade foram tocadas, sentiram um profundo temor por Deus e passaram por uma transformação também. Com isso, percebemos que nosso maior testemunho é a mudança de nossas vidas, pois elas testificam quem Deus é e as mudanças que o evangelho provocou em nosso caráter e nossas vidas. Não podemos pregar o que não vivemos, caso contrário, nossa vida será uma vida de mentira e hipocrisia! A transformação que desejamos fazer no mundo começa em nós e se conhecemos verdadeiramente a Cristo, nós geramos frutos com nossas atitudes e posicionamentos.
2) Obediência ao Senhor não é fazer apenas o que desejamos fazer. Muitas vezes nós falamos “Deus, se não for da Tua vontade, tira da minha vida” e quando Ele pede para abrirmos mão ou simplesmente tira, nós ficamos emburrados porque não queremos deixar de ter ou de fazer aquilo. Se realmente desejamos servir ao Senhor por completo, precisamos estar dispostos a abrir mão de determinadas coisas e aptos a cumprir o querer do Senhor, porque obediência é fazer o que temos que fazer por mais difícil ou duro que seja.
3) Vivemos em um mundo caído, corrompido e dominado pelo pecado, mas através do exemplo de Nínive e Jonas aprendemos que é possível vivermos a restauração que só o Senhor tem para nos oferecer. Precisamos reconhecer nosso pecado, confessarmos e buscarmos o caminho de santificação para uma vida íntegra e reta.
Nós fomos criadas para louvar ao Senhor com nossas vidas, fomos chamadas para colocar o mundo de cabeça para baixo pregando o evangelho que liberta, cura, restaura e transforma! Que essa mudança comece nas nossas vidas e seja testemunho para os que estão ao nosso redor.
Por Karina Marques