Por muito tempo achei que a amabilidade estava intimamente ligada ao amor, e por consequência, não entendia o motivo deste fruto do Espírito estar classificado de forma independente em Gálatas 5:22, foi então que decidi procurar por seu significado e descobri que em 2ª Timóteo 2:24, temos a melhor definição para amabilidade, sendo ela: “Ao servo do Senhor não convém discutir, mas sim, ser amável para com todos, capacitado para ensinar, paciente.”
Assim, de uma maneira geral, quando você ensina às pessoas de forma doce, sem ignorância ou brutalidade, ou aprende que em certos momentos ouvir é melhor do que falar e percebe que um abraço pode fazer toda a diferença no dia de uma pessoa, neste momento, você está praticando a amabilidade.
Entretanto, o que muitas pessoas tendem a confundir é que, ser amável e gentil, não significa ser capacho ou um bobo da corte. Na verdade, ter as primeiras características nos fazem ainda mais semelhantes com Jesus, pois na sua forma de ensino e evangelização, Cristo não humilhava aqueles que sabiam menos do que Ele, muito pelo contrário, Ele falava de forma que qualquer pessoa, dos mais variados níveis de ensino, pudesse entender, por isso vemos tantas parábolas sendo explicadas em seu ministério.
Lembro que, certa vez, quando criança, ouvi uma estória que se encaixa perfeitamente no devocional de hoje, e por isso decidi trazer para vocês: “Conta-se uma história da estátua de um príncipe, coberta de ouro e joias, que implora um pardal para levar uma das pedras preciosas para uma costureira cujo filho estava sofrendo. O pardal faz isso, e continua a ajudar a estátua do príncipe a se despir de suas joias e ouro para dar aos pobres e necessitados. Mas é inverno, e o pardal que ficava exposto àquele clima frio para ajudar o príncipe finalmente morre aos seus pés. Pouco depois, o prefeito da cidade vê a estátua do príncipe, agora despida de seu ouro e joias, e dá ordens para que seja retirada. Lá em cima, no céu, Deus manda Seus anjos Lhe levarem as duas coisas mais preciosas que encontrarem, e os anjos Lhe entregam o coração do príncipe e o pardal. Deus então afirma que os anjos escolheram bem, e que o príncipe e o pardal devem viver para sempre com Ele, porque ambos foram amáveis, mesmo que isso os prejudicasse, para que outros pudessem ser felizes”.
Parando para refletir agora, você alguma vez já deixou suas próprias vontades de lado para ajudar alguém que precisava somente da sua atenção? À luz da Palavra, quando Jesus estava parado na fonte de água e conversava com a mulher samaritana, Ele sabia que não poderia mudar a história dela, caso ela não permitisse isso, mas, ainda assim, Ele lhe deu total atenção, e por causa disso, ela se agiu como uma missionária ao levar as Boas Novas para um povo cheio de pecado e desesperança.
Sendo assim, quer saber como aplicar a amabilidade na sua vida da forma mais sincera possível? Preste atenção, pois o próprio Jesus te dirá: “Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram. Então os justos lhe responderão: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar? O Rei responderá: Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram.” (Mateus 25: 35-40)
Por Bianca Leal
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