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14 - Uma couraça contra palavras torpes

Quem busca ter cuidado com seus pensamentos e palavras, pode sentir-se incomodado quando convive com alguém que costuma falar sem pensar nas consequências ou faz questão de usar palavras grosseiras que de algum modo são ofensivas.

Xingamentos, obscenidades, conversas maliciosas com duplo sentido geralmente são vistas com naturalidade por quem não busca agradar a Deus. No entanto, para quem tem buscado viver de modo diferente, conviver com pessoas que veem palavras torpes como algo natural, e conseguir manter-se em paz, pode ser um desafio.

Talvez você não conviva diretamente com alguém que tem a “boca suja”, mas tenha vizinhos que gostam de ouvir músicas no volume mais alto, com letras que ofendem as mulheres, que incitam a violência. Você tem conseguido ficar em paz, em meio a uma chuva de palavras ofensivas?

Não é fácil conviver cercado por palavras que são lançadas com intuito de nos ferir. Por serem lançadas insistentemente podemos de forma sutil começar a acreditar nelas, e deixar que abalem nossa autoestima, senso de autovalor e deixarmos de acreditar pouco a pouco que somos filhas/os amadas/os de Deus.

Por isso precisamos aprender a nos defender desses ataques, por vezes ignorados mas que tendem a nos machucar, para que não venhamos a esmorecer por termos dado créditos a palavras que distorcem nossa identidade em Deus.

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,” (Efésios 6.13-18).

Como parte da armadura espiritual descrita em Efésios capítulo 6, a couraça da justiça fala sobre o revestimento que nos é dado por meio do sacrifício de Jesus na cruz. Somos, por meio da fé em Cristo, tidos por Deus como justos, tão somente por crermos e publicarmos a nossa fé - que Deus veio em forma humana, morreu por nós, para pagar uma dívida de pecado que jamais teríamos condições de arcar. (I Pe 2.24; Rm 3.20-28;Rm 11.6)

Revestidos com essa consciência, que aos olhos de Deus, por meio da fé em Jesus, somos vistos como inculpáveis, santos, justos, sem qualquer condenação, que somos abençoados com todo tipo de bênçãos, que o amor de Deus por nós é imutável, que nada nem ninguém pode nos separar do amor dEle, estamos protegidas/os de ataques em nossa mente que nos digam qualquer coisa contrária ao que Deus diz ao nosso respeito. (Rm 8.1;38-39; At 13.39; Rm 5.1)

Somos sujeitos a falhas, tombos, a nos distanciarmos de Deus por causa de más escolhas da nossa parte, mas sempre que há arrependimento sincero em nosso coração, pois todos os dias pecamos ainda que involuntariamente, o Senhor nos acolhe como filhas/os amadas/os, amadas/os com amor eterno. (Jr 31.3)

Com a consciência voltada para o grande amor que o Senhor tem por cada um de nós, nos damos conta de que não precisamos rebater ofensas ou vingarmos a nós mesmos. Deus cuida de nós e nos ajuda a cuidarmos uns dos outros. Sabendo quem somos em Cristo, podemos escolher nos deleitar no amor dEle, e clamarmos para que o Senhor nos dê olhos de amor. Podemos trazer a memória a couraça da justiça - a couraça que nos protege de opiniões vãs, pois independente da opinião das outras pessoas a nosso respeito, somos vistos por Deus com outros olhos - olhos santos, que nos veem amorosamente mesmo em meio aos nossos processos e imperfeições meramente humanas.

Sempre podemos contar com a assistência do nosso doce amigo Espírito Santo, para gerar em nós o amor do Pai. Somos amadas/os por Deus incondicionalmente.


Por Bárbara dos Santos

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