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07 - Sobre momentos de desabafos

Então, Jesus conclamou a multidão a aproximar-se e pregou: “Ouvi e entendei! Não é o que entra pela boca o que torna uma pessoa impura, mas o que sai da boca, isto sim, corrompe a pessoa”. (Mateus, 15.10-11)

Podemos ser alguém que costuma falar muito, ou alguém de poucas palavras. No entanto todas nós em algum momento já provou do amargor de palavras que saíram do nosso próprio interior. Porém existe uma diferença entre falar algo por impulso, que não acontece frequentemente, e falar constantemente de forma deliberada ou não, palavras que nos envenenam.

Como as palavras tem jorrado do seu interior nesses dias?

Palavras podem curar, restaurar, construir, consolar, transformar. Mas palavras também podem arruinar, envenenar, ferir, adoecer, matar.

Acredito que em algum momento da sua vida, ainda que pequeno, você deve ter sido vítima de fofoca e difamação. Vítima de palavras que distorceram situações da sua vida ou de palavras que intencionavam semear intrigas e espalhar notícias ruins a seu respeito. Como você se sentiu?

Quando estamos feridas por algo que nos aconteceu, por pessoas que nos decepcionaram, tendemos em nossa humanidade a pensar mal dessas pessoas (mesmo que a atitude do outro não tenha sido intencionalmente ruim) e a querer desabafar com alguém sobre isso.

Sentimos a necessidade de compartilhar com alguém aquilo que estamos vivendo, dizer o que estamos pensando e sentindo, sejam esses pensamentos considerados bons ou ruins. Em muitos momentos é imprescindível que tenhámos pessoas com quem podemos contar e falar abertamente - além de priorizar conversar com o Senhor sobre o assunto.

Ao falar com outras pessoas devemos ter muito cuidado com o que vamos dizer, pois podemos acabar falando sobre assuntos que não se referem a nós, segredos que não nos dizem respeito; e expor nossas impressões distorcendo situações relacionadas a outros.

Qual a diferença entre abrir seu coração de maneira saudável e falar de modo que gera fofoca, difamação?

Fofoca e difamação geram intrigas, mentiras, revelam segredos que não são seus; informações repassadas de forma leviana, distorcem a verdade ou prejudicam alguém injustamente. O que vamos conversar vai gerar algumas dessas coisas? Vai distorcer "um pouco" os fatos? Vai revelar algum segredo ainda que seja considerado pequeno, "sem importância"? Então não é a melhor forma de expressar o que queremos.

Esse tipo de conversa tem sido rotineira em sua vida? Você costuma desabafar dessa forma e ainda não tinha se dado conta do quanto pode ser prejudicial não apenas para outros mas também para você? Reflita um pouquinho. Talvez faça isso apenas com uma pessoa que também tem esse hábito, ou em um ambiente que "todo mundo" comenta. É um hábito que precisa ser desfeito, anulado em sua vida, se deseja agradar a Deus.

"Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos." (Provérbios 6:16-19)

Se tem sido um hábito seu é necessário um mergulho em si mesma, uma análise interior, pois esse hábito revela que seu coração precisa de mais atenção da sua parte - pois falamos aquilo que gastamos tempo pensando, falamos o que procede do nosso coração. (Mt 12.34)

"Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo." (Salmos 51.10-11)

Que o Senhor nos ajude em nossas fraquezas, a controlar nossos impulsos, e a estarmos abertas aos renovos diários do Espírito Santo para nós.


Por Bárbara dos Santos

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