Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. (NVI Romanos 8:28)
Já estamos em dezembro!
A impressão é que o ano voou, não aproveitamos, não conseguimos cumprir a lista feita em janeiro e só aconteceram tragédias.
Todo início de ano é símbolo de um “Novo ano e uma nova vida”, alimentamos expectativas, criamos inúmeros planos, objetivos e metas que devem ser cumpridos em 12 meses. Por alguns dias nos esquecemos, ou melhor, ignoramos a possibilidade de frustrações, doenças, acidentes e outras tantas coisas que podem vir a acontecer.
Então, além de acharmos que estamos no controle de nossas vidas e das situações, temos a esperança de que tudo será lindo e perfeito porque essa “é a vontade do Senhor”. Entretanto, em João 16.33, Cristo nos avisou que nesse mundo teríamos aflições. Isso não significa que Deus perde o controle das situações, mas que são oportunidades que Ele nos dá ou permite para crescermos em maturidade espiritual, para chegarmos mais perto de Deus e nos tornarmos mais parecidos com Cristo.
Durante esse ano de 2020, certamente experimentamos a graça de Deus através de incontáveis bênçãos, mas também através de diversas provações. Apesar de parecer insuportável aos nossos olhos ou até mesmo um castigo de Deus, não podemos negar o que Paulo já disse em Romanos 8.28, citado no início desse texto: todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Isso nos ensina que apesar de não nos agradarmos de algumas situações, elas acontecem para o nosso bem.
Tiago também falou a respeito das provações e como devemos enfrentar: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.” (NVI Tiago 1.2-4).
Sendo assim, cada provação deve ser um crescimento, um aprendizado. A maneira como vamos enfrentar é também a maneira como deixamos Deus controlar. Se tentarmos agir sozinhos, com o pensamento de que conseguimos controlar toda e qualquer situação, certamente as frustrações virão. É em Deus que devemos pôr a nossa esperança, confiando que Ele conhece o caminho e está conosco em todos os momentos.
Martinho Lutero disse: “Aprecie as coisas presentes de tal maneira que você não baseie sua confiança nelas, como se elas durassem para sempre… mas reserve parte do coração para Deus, para que seu coração possa suportar o dia da adversidade.” Ao colocarmos a esperança em Deus e ignorarmos diversas expectativas, nos preparamos para as situações que não conhecemos, mas que podem vir a acontecer.
E para terminar, “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (NVI Romanos 15.13).
(Martin Luther, “Notes on Ecclesiastes,” in Luther’s Works, trans. and ed. by Jaroslav Pelikan, 56 vols. (St. Louis, MO: Concordia, 1972), 15:120.)
Por Taynara Puhl
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