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06 - Aplicando a parábola do avarento em nosso dia a dia

Certo dia, havendo uma disputa financeira de família, um dos seus membros tenta conseguir ajuda de Jesus, lhe dizendo: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança”, contudo, respondeu-lhe Cristo: "Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós? Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.” (Lucas 12:13-15)


Jesus então explica seu posicionamento por meio de uma parábola: “A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; e ele arrazoava consigo mesmo, dizendo: ‘que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos’. E disse: ‘Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi a minha alma: alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga’. Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?’. Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus”. (Lucas 12:16-21).


Podemos perceber que aqui, Jesus ilustra os seus ensinos por meio de exemplos envolvidos em parábolas. Ele narra a respeito de um homem rico que construiu celeiros maiores para armazenar a sua grande produção com a intenção de não mais trabalhar. Por meio dessa parábola Jesus censura a inatividade, ou seja, uma vida improdutiva. É evidente que o Mestre não censura os que se aposentam, diminuem o ritmo do trabalho devido às limitações físicas, mas os que desejam viver sem alguma utilidade ao meio onde vivem. O Mestre reprova aqueles que, movidos por sentimentos egoístas, não mais se preocupam com o seu próximo, querem apenas repousar, comer, beber e alegrar-se nessa ociosidade.

Pesquisando a respeito desse pecado, observei que, segundo o dicionário Aurélio, avareza é a qualidade ou característica de quem tem apego excessivo ao dinheiro, às riquezas. A avareza decorre de um medo excessivo da perda, da escassez, associado a um demasiado apego ao que se valoriza. É também um dos sintomas da incredulidade e da insensatez.


É tão fácil ficarmos presos a esta vida. Somos capazes de dedicar tanto tempo, atenção e esforço pelo nosso bem-estar material que não temos tempo ou ânimo de sobra para nos dedicar a Deus. Aliás, poucas pessoas admitem ser gananciosas ou invejosas. Mas a Bíblia nos adverte constantemente contra esses pecados. Se o nosso coração está preso a esta vida, somos idólatras, independentemente de quão alto cantemos o nosso amor por Jesus. “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lucas 12:15).


Entretanto, se tem uma coisa que aprendi no ano que se passou, e que não quero repetir nesse, é que o tempo é curto demais para nos preocuparmos com coisas que não levaremos para o céu. Dinheiro é importante para a sobrevivência e nos gera conforto? Sim! Mas no final, o que restará são somente bens e ao pó retornaremos.


Vivamos, pois, cada dia, com sensatez e generosidade, porquanto não sabemos se o dia de hoje não será o último dia de nossas existências. O avarento sempre necessitará refletir a respeito dessa indagação de Jesus: “E as coisas que acumulaste para quem serão?” Por isso, sejamos ainda hoje ricos para com Deus.


Por Bianca Leal

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